Tesouro Direto: juros dos prefixados sobem para até 10,60%
Os rendimentos dos títulos do Tesouro Direto predominam em alta nesta terça-feira (30), marcando o início da primeira reunião do ano do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), onde será decidido o rumo da política monetária no Brasil.
Na “Super Quarta”, que se avizinha, os investidores aguardam um corte de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, chegando a 11,25% ao ano. Nos Estados Unidos, a expectativa é de que os Fed Funds permaneçam no intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano.
Recentemente, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou que o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) apresentou desaceleração, registrando 0,07% em janeiro, ficando abaixo do consenso LSEG dos analistas, que projetava uma inflação de 0,26%.
Hoje, o Banco Central publicou o Boletim Focus da semana, revelando uma redução nas expectativas do IPCA para 2024, de 3,86% para 3,81%. Enquanto isso, a previsão para o crescimento do PIB permaneceu inalterada em 1,60%.
Na esfera política, o mercado monitora as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ontem, ele assegurou que o debate sobre o cumprimento da meta fiscal em 2024 será conduzido com o respaldo do Congresso Nacional e do Poder Judiciário. Em um gesto aos parlamentares, enfatizou que, embora as propostas do governo tenham sido ajustadas, foram aprovadas. “O fato é que o Congresso tem dado abertura para o diálogo”.
No cenário internacional, destacam-se os dados preliminares divulgados pelo Eurostat, o escritório de estatísticas da União Europeia, que indicam estabilidade no Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro no quarto trimestre de 2023. Este resultado supera as expectativas do consenso LSEG, que antecipava uma queda de 0,1%.
No mercado do Tesouro Direto, as taxas dos títulos prefixados registravam avanço, atingindo até 10,60% na primeira atualização do dia, às 9h24, em comparação com a taxa máxima de 10,57% no início da sessão de ontem. O juro do Tesouro Prefixado 2026 subia de 9,63% para 9,68%.
No segmento de títulos de inflação, o juro do Tesouro IPCA+ 2029 avançava de 5,45% para 5,47%, enquanto o do Tesouro IPCA+ 2032 subia de 5,56% para 5,57%. Em contrapartida, a taxa do papel para 2055 declinava de 5,65% para 5,64%.
Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na manhã desta terça-feira (30):
